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O Impacto Ambiental das Empresas no mundo e o SBTi como aliado ao Desenvolvimento Sustentável

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Impacto Ambiental das Empresas no mundo e o SBTi

Quando pensamos em impacto ambiental logo vem à mente a imagem de poluição, contaminação de rios, lagos e mares, mas enxergamos tudo com a percepção do hoje e em limitação local. Mas e se fossemos além, unindo todas as empresas do mundo, qual seria a potência do impacto ambiental de uma empresa que age de forma irresponsável frente à preservação da natureza?

A larga extensão somada a longos anos ininterruptos de ação prejudicial, resultaria, certamente, em caos irreversível, potencialmente destruindo todos os recursos naturais essenciais à vida humana.

É exatamente isso que abordamos neste artigo, qual a pegada ambiental da sua empresa no planeta? Vem mergulhar nesse mundo verde conosco.

Impacto Ambiental das Empresas no mundo e o SBTi

A realidade da conscientização ambiental das indústrias

Segundo a ONU apenas quatro em cada dez empresas estão dispostas a reduzir sua pegada de carbono e plenamente consciente dos impactos ambientais que gera, desenhando um cenário de urgência em se trabalhar a virada de chave na metodologia de se produzir e na forma de se pensar frente à responsabilidade ambiental.

É muito comum que atualmente vejamos o mercado vendendo produtos com selos de “sustentabilidade”, “amigo da natureza”, “ecológico”, mas afinal de contas qual seria o critério para esta classificação, seria o insumo, a metodologia, a tecnologia aplicada? Será que de fato contamos com indústrias genuinamente comprometidas com a responsabilidade ambiental?

Bem, se por um lado as indústrias verificaram há alguns anos o potencial de venda que os produtos ditos sustentáveis têm, por outro também perceberam que o consumidor final não procura conhecer de fato os critérios para tal classificação e tão pouco vão a fundo investigar a veracidade da promessa vendida em forma de selo.

A verdade é que no Brasil boa parte das empresas ainda enxergam o investimento em desenvolvimento sustentável de fato como algo extremamente oneroso e inalcançável dentro de seus limites financeiros, além de não compreender verdadeiramente qual o impacto que sua atividade gera a curto, médio e longo prazo ao meio ambiente, considerando um “exagero” a preocupação frente ao tema, ainda que admitam que as vendas crescem largamente quando utilizam tal apelo.

O que vemos são produtos “sustentáveis” vendidos em embalagens de plástico e/ou de outros materiais de difícil reaproveitamento e reciclagem, fabricados com insumos que vem de uma distância razoável emitindo poluentes em seu trajeto até às indústrias, concentrados demandando uma maior quantidade de água para seu consumo e exageradamente caros, elitizando e deixando o poder de compra do consumidor final cada vez mais difícil.

Se pensarmos que um produto para ser ecologicamente correto toda a sua cadeia deve planejada para este objetivo, faria sentido o mito em torno da dificuldade e da alta de preços gerados?

Impacto Ambiental das Empresas no mundo e o SBTi

Para compreender este aspecto vamos analisar algumas das premissas necessárias para o desenvolvimento sustentável de uma indústria:

  • Priorização de insumos locais, reduzindo a emissão de poluentes pelo transporte até a indústria;
  • Redução de recursos naturais não renováveis;
  • Redução do consumo de energia e de água na fabricação;
  • Uso de embalagens ecologicamente corretas, de materiais recicláveis, reutilizáveis e/ou reciclados e reutilizados;
  • Adoção de procedimentos de controle na fabricação, visando à redução de desperdícios e perdas no processo produtivo;
  • Treinamento de colaboradores para conscientização das metas de redução de desperdícios.

Parece razoável afirmarmos que é necessário se investir em conscientização, educação e em maquinários tecnológicos, além de pessoal para efetuar as rotinas de controle. No entanto, os custos com logística e com o consumo para o processo produtivo em si reduzem frente às premissas apresentas.

Então por qual razão ainda vivemos este mito?

Boa parte da resistência se deve à dificuldade de mudar os velhos hábitos, somado à não conscientização em larga escala, isto é, se todos agissem da mesma forma, quantos planetas precisaríamos para sustentar nossas indústrias e consumidores.

Vejamos então o modelo ideal.

Desenvolvimento Sustentável: Realidade x Ideal

Idealizando o desenvolvimento sustentável, todas as indústrias investiriam em estudar o ciclo de seu processo produtivo e o ciclo de vida dos seus produtos , compreendendo:

  1. O impacto do processo produtivo atual para o meio ambiente;
  2. Os controles necessários para atendimento às leis e regulamentos ambientais aplicáveis ao processo produtivo, visando à preservação ambiental no que diz respeito à poluição, contaminação de solo, ar e água, consumo de energia e de água;
  3. O impacto do produto para a natureza ao longo de seu consumo – necessidade de água/energia para consumir, contaminação de solo, ar e água através de seu uso, potenciais riscos à vida humana e animal através de seu uso;
  4. O impacto do produto após o seu consumo – geração de resíduos, destinação da embalagem, vida útil do produto;
  5. Formas de fomento ao consumidor de produtos “ambientalmente corretos”, assegurando que sejam acessíveis.

Sob o aspecto gerencial em si, os investimentos em conscientização e capacitação são de extrema importância, bem como de pesquisa em insumos de fontes próximas e de fontes não prejudiciais ao meio ambiente, além de tecnologias que visem à redução de consumo quando do processo produtivo.

Há um costume a ser vencido para que se implemente este modo de pensar produtivo que, naturalmente nos levará a um futuro promissor sob o aspecto de preservação ambiental.

O Caminho para Conscientização e a Solução para Implementação do Desenvolvimento Sustentável

Como convencer empresários a aderir ao desenvolvimento sustentável ainda é um ponto frágil, visto que é necessário que enxerguem e sintam na pele os desastres ambientais que a indústria pode produzir ao meio ambiente.

Antes de mais nada, não estamos “vilanizando” as empresas! Jamais! Seria ir no sentido contrário do mundo, mas estamos procurando fomentar uma nova era, em que produção e preservação andam lado a lado e demonstrar que é possível crescer aliando os dois!

Um dos caminhos-chave para conscientizar e estimular o desenvolvimento sustentável empresarial é levar esta conversa para os números provenientes de dados concretos, e sair do campo do idealismo.

Dentre as fontes seguras que contamos atualmente para apurar os números reais dos impactos ambientais provenientes das atividades industriais estão:

  • A OMS – Organização Mundial da Saúde que, por sua vez, conta com uma Base de Dados de Anomalia do Ar Ambiente, compilando dados sobre as medições no solo das concentrações médias anuais de dióxido de azoto (NO 2), partículas de diâmetro igual ou inferior a 10 μm (PM10) ou igual ou inferior a 2,5 μm (PM2,5) que visam representar uma média para a cidade ou cidade como um todo, em vez de estações individuais (Fonte: Base de dados sobre a qualidade do ar (who.int));
  • Os Relatórios do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que divulgam números sobre o assunto em média a cada sete anos. Segundo os estudos, os setores de indústria, transporte, energia e construção respondem por 79% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no mundo (Fonte: page — Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (www.gov.br));
  • O Ministério de Meio Ambiente, que apura e acompanha os acidentes ambientais ocorridos no país, investigando os prejuízos para animais e vegetações nativas decorrentes de cada um deles. Dentre os casos recentes brasileiros mais conhecidos estão: o rompimento da barragem do Fundão em Mariana em 2015 e a tragédia de Brumadinho em 2019;
  • A ONU – Organização Nacional das Nações Unidas, que acompanha os índices de contaminação mundiais, estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e em 2016, no Acordo de Paris, alinhou o tratado mundial para redução do aquecimento global (COP21) (Artigo Ref.: ESG Descomplicado – Studio Estratégia (studioestrategia.com.br)).

Tendo em mente as fontes seguras para apurar quais são as principais preocupações frente ao tema e compreender o contexto mundial, então é possível iniciar um projeto de implementação de desenvolvimento sustentável. E dois grandes aliados merecem destaque:

  1. A Iniciativa de Metas Baseadas na Ciência – SBTi, já conhecida como ferramenta chave na transição ecológica, promovendo a colaboração e a adoção de metas baseadas em fonte científica, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, em processos produtivos;
  2. O Compliance Ambiental, estruturando processos, procedimentos, controles e objetivos aplicáveis ao contexto de cada organização, viabilizando o desenvolvimento sustentável, atendendo às exigências legais e regulatórias ambientais.

Vamos abordar neste artigo o SBTi, de modo que você consiga levar sua empresa rumo ao futuro, mas não deixe de conferir nosso artigo sobre o Sistema de Compliance Ambiental, clicando aqui.

O Impacto Ambiental das Empresas no mundo e o SBTi

O que é o SBTi

Consiste em uma iniciativa colaborativa global, tem como objetivo auxiliar e orientar as empresas a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, estabelecendo metas claras e mensuráveis, liderada por diversas entidades, dentre elas:

  • Fundo Mundial para a Natureza (WWF);
  • Carbon Disclosure Project (CDP)
  • World Resources Institute (WRI);
  • Pacto Global das Nações Unicas (UNGC).

Este último em especial, o Pacto Global das Nações Unidas, permite que organizações determinem um objetivo condizente ao seu contexto e alinhado à demanda mundial, como o controle da questão climática, por exemplo.

O SBTI permite que as empresas invistam no desenvolvimento sustentável de forma segura, atendendo aos mais altos padrões, repercutindo diretamente em sua imagem e reputação frente ao mercado e ao consumidor final.

Ademais, a iniciativa oferece:

  • Alinhamento com padrões e condutas globais, visto que está comprometida com os objetivos do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), facilitando o cumprimento das regulamentações ambientais locais, mitigando multas, sanções e/ou paralisações que impactariam diretamente na imagem e saúde financeira das organizações;
  • Redução de riscos de descumprimento de normas e regulamentos ambientais ao definir metas internacionais;
  • Diferencial competitivo, visto que, conforme citamos no início deste artigo, o apelo sustentável é notadamente um atrativo de vendas para o consumidor final, além de chamar a atenção de investidores. Além disso, o SBTI também traz as principais tecnologias limpas e processos eficientes para impulsionar o crescimento da empresa e melhorar sua posição competitiva da empresa.

É possível compreender que o SBTi permite o desenvolvimento sustentável de forma segura e alinhada às melhores e mais atuais práticas e preocupações internacionais. Segundo a ONU, a Sustentabilidade é uma questão atual e do futuro, fonte de emprego e de geração de sucesso para as organizações.

Para definir as metas baseadas em ciência na empresa, o primeiro passo é selecionar colaboradores de diferentes processos, e capacitá-los quanto às questões ambientais frente às atividades que a empresa desenvolve e de forma geral, fomentando o interesse pelo tema sustentabilidade, incluindo as lideranças, que sempre são o ponto de partida para gerar este engajamento dos times, afinal o impacto das ações funciona em ordem “top – down”, gerando uma cultura forte e sólida.

Em seguida, estudar cada uma das atividades desenvolvidas pela empresa frente ao impacto ambiental que gera, estabelecendo objetivos viáveis e de melhoria contínua, construindo controles e alinhando papéis e responsabilidades junto aos representantes das áreas.

Dentre os possíveis objetivos e análises a se fazer estão:

  • Medição das emissões geradas, utilizando a metodologia proposta pelo SBTi;
  • Identificar os processos mais críticos ao meio ambiente e propor oportunidades de melhoria através de tecnologias e metodologias de execução;
  • Interpretar cenários futuros, antecipando temas e soluções, agindo preventivamente, assegurando atender às normas, regulamentos e padrões internacionais.

Para todo o processo é necessário que sejam nomeados representantes para reportes do desempenho de cada processo, revisando e atualizando as metas constantemente, assegurando a melhoria contínua.

No Manual para Definição de Metas Baseadas na Ciência (SBTI, 2020) é possível encontrar instruções detalhadas, através do link Pacto Global.

Impacto Ambiental - A Pegada Ambiental Empresarial

A Pegada Ambiental Empresarial

O teste de pegada ambiental disponibilizado online vem sendo cada vez mais conhecido e permite que as pessoas analisem o impacto individual que geram ao planeta.

Já pensou em analisar o impacto que sua empresa gera?

Vamos te convidar a responder algumas perguntinhas rápidas para que possa refletir sobre os resultados que a sua organização gera ao planeta em que vivemos. Vamos lá!

Baixe o PDF através do formulário abaixo

Faça o teste e não esqueça de voltar para contar para gente nos comentários!

A Studio Estratégia conta com uma equipe multidisciplinar apta a te auxiliar na implementação do desenvolvimento sustentável e crescimento da sua empresa por meio de sistemas de gestão aplicados.

Até a próxima!

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