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Como medir o grau de insolvência de uma organização e avaliar as possibilidades de recuperação

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Como medir o grau de insolvência

Para medir o grau de insolvência de uma empresa, existem alguns modelos de previsão que utilizam estatística em suas fórmulas. Dentre os diversos modelos existentes, vamos trazer um dos principais trabalhos desenvolvidos aqui no Brasil.

Olá! Seja bem-vindo a mais uma pílula de conhecimento do Blog do Studio, hora de dar aquela pausa de 5 minutos na mente. Pega lá tua bebida favorita pra hoje e vamos juntos!

Nos últimos tempos, temos acompanhado muitos casos de Recuperação Judicial e pedidos de falência nos noticiários do mercado.

Logo após o caso das Americanas, começou o que parecia um surto de empresas que, agora, se declaram publicamente vulneráveis aos seus compromissos.

Segundo a Serasa Experian, foram 93 requerimentos de recuperação judicial registrados no país em abril, um aumento de 43% em relação ao mês anterior, tendo acumulado em 2023, 380 casos. Em relação a pedidos de falência, também seguem em alta com 91 registros em abril, alta de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

Americanas, Light, Cervejaria Petrópolis, Amaro, Oi, Raiola, Brasil Brokers (Nexpe). Temos ainda pedido de falência por credores das Lojas Marisa e da Tok Stok – estas últimas, ainda em trâmites junto a seus credores e justiça.

Outras organizações ainda não estão em Recuperação Judicial, mas, já apresentam sinais de vulnerabilidade e mudança de comando, como a Guararapes (Lojas Riachuelo), com prejuízo líquido de mais de R$ 100 milhões no 1˚ trimestre de 2023, e um novo CEO assumindo.

Já comentamos em outros artigos o quanto o alto endividamento das empresas, iniciado na pandemia, lá em 2020, estava levando seus resultados a um esforço descomunal frente à inflação de custos e queda na demanda – estas, como consequência posterior à tomada de crédito em questão.

Dizemos que uma empresa está em dificuldades financeiras quando a geração operacional de caixa não é suficiente para cobrir todas as suas obrigações correntes. A alta alavancagem financeira pode derivar a dificuldade financeira.

Como medir o grau de insolvência

Esse contexto é agravado quando o resultado operacional não é suficiente para cobrir as despesas financeiras. Diversas outras causas podem trazer a dificuldade financeira, como a crise econômica, dificuldade global no nicho de mercado etc.

Quando essa dificuldade financeira acaba não se solucionando, apesar de medidas saneadoras tomadas – como venda de ativos, ou mesmo a renegociação de dívidas – , a empresa pode pleitear judicialmente o direito à sua restruturação, através do instrumento da Recuperação Judicial (“RJ”), previsto na legislação. Assim, ela pode reorganizar a empresa, evitando pedido de falência, que seria a última instância de seu insucesso.

Em uma RJ, a empresa elabora um plano onde ficam demonstradas as condições de superar o momento, constando uma previsão do pagamento das dívidas e a recuperação e manutenção do seu equilíbrio financeiro.

Nesse processo, é fundamental ao devedor convencer os credores de que a empresa tem condições efetivas de soerguimento, sob pena de, não o fazendo, ter sua falência decretada.

COMO MEDIR O GRAU DE INSOLVÊNCIA DE UMA EMPRESA

O equilíbrio financeiro e a continuidade de uma empresa devem ser preocupações básicas de todos os agentes.

Para medir o grau de insolvência de uma empresa, existem alguns modelos de previsão que utilizam estatística em suas fórmulas.

“Os modelos de previsão de insolvência têm por objetivo serem preditivos com relação ao sucesso ou fracasso de uma empresa. Ao anteverem eventuais dificuldades financeiras, esses modelos servem como um importante guia para se avaliar o desempenho, o risco e a continuidade a empresa. Admite-se que os sintomas de uma crise financeira ‒ e, mesmo, de insolvência da empresa ‒ podem ser visualizados antes de sua efetiva ocorrência. Com base nesses modelos, torna-se possível prever a insolvência mediante a leitura de seus principais indicadores econômico-financeiros: em geral, os modelos de insolvência utilizam dados e informações do passado para prever o futuro.” Assaf Neto, Alexandre.

Dentre os diversos modelos existentes, vamos trazer um dos principais trabalhos desenvolvidos aqui no Brasil, é o Modelo de Kanitz, por meio de um ‘termômetro de insolvência’

Desenvolvido por Stephen Charles Kanitz, essa ferramenta proporciona para o analista da empresa, uma visão ampla e prévia do grau de insolvência em que a entidade se encontra, ou seja, através do valor encontrado depois de feita a fórmula, relacionando com os valores presentes no termômetro, é possível detectar em qual nível a companhia está auxiliando, também, em uma melhor tomada de decisão.

Os índices a serem utilizados são cinco: a rentabilidade sobre o patrimônio líquido – ROE, liquidez geral, liquidez seca, liquidez corrente e o endividamento com terceiros.

Perfazendo, temos a seguinte fórmula:

F Insolvência = FI = 0,05 x Rentabilidade do Patrimônio + 1,65 x Liquidez Geral + 3,55 x Liquidez Seca – 1,06 x Liquidez Corrente – 0,33 x Endividamento Total

Onde:

Como medir o grau de insolvência

O resultado deve ser olhado de acordo com o termômetro a seguir:

Como medir o grau de insolvência
Fonte: Imagem do Google
  1. Estado de Solvência: Corporações classificadas aqui tem menor risco de quebra, estão com a saúde financeira melhor. Quanto maior o fator, menor a probabilidade de insolvência.
  2. Estado de Penumbra: Empresas que requerem atenção especial. Tanto podem adquirir uma melhora na sua solvência como podem migrar para a área de insolvência. Estar por aqui é uma situação complexa que deriva tomada abrupta de decisão.
  3. Estado de Insolvência: As empresas que se localizam aqui estão incapazes de honrar seus compromissos. Maior é a chance de a empresa falir, encerrar e se extinguir do mercado.

É fundamental que as empresas avaliem esses números através das lentes de uma Governança Financeira Estratégica, para que tenham a legitimidade e a integridade necessárias; e que sua apuração esteja de acordo com a realidade da empresa, e não só o “ajustado” ou o “gerencial”. Aqui, deixamos a reflexão: Como sua empresa está olhando para os números do dia a dia? Este questionamento é vital, é dele que virão as respostas acerca dos próximos passos de proteção e sustentabilidade.

Como medir o grau de insolvência

Aqui no Studio, Governança Financeira, é pauta em nossos comitês internos, onde discutimos a maturidade e seu rumo nos projetos que nos debruçamos e que nos alimentam diariamente nos fazendo buscar a excelência dessas empresas que ajudamos a conduzir no caminho.

Acreditamos no potencial do business, entendemos o contexto macro e micro do negócio e não temos a opção de falhar. A Governança e a Inteligência de Negócio devem fluir em todos os níveis, e para implementá-los você não precisa seguir sozinho o caminho – Vamos juntos!

A ANÁLISE DE DADOS LIBERTA E EMPODERA.

See you soon.

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