Olá! Seja bem-vindo a mais uma pílula do Blog do Studio. Respira fundo e vamos juntos dar aquela pausa de 5 minutos na mente para pegar fôlego para o dia. Mas, antes, pega lá tua bebida e vamos refletir aqui, juntos, sobre um assunto que está dando o que falar (ou não) no mercado: Gestão de Riscos Financeiros.
Estamos vivenciando um momento crítico na economia, onde famílias, empresas e governos aparecem endividados e, portanto, uma bomba-relógio em meio ao contexto global atual.
Vemos, a cada semana, empresas tendo suas vulnerabilidades expostas, sobretudo no que se refere à viabilidade econômico-financeira – inclusive, tivemos a chance de abordar esse tema e compartilhar com vocês alguns exemplos em voga, ensinando como medir o grau de insolvência do negócio (lembram do nosso último artigo?).
O caso das Americanas trouxe uma desaceleração do mercado e concessão de crédito no país, segundo relatório divulgado pelo BACEN em Maio/23. O caso também provocou aumento do custo de crédito. Isso sem falar no seu desdobramento, agora se confirmando como fraude contábil. Lembrou da ENRON também?
A gestão de riscos financeiros é uma área fundamental em Finanças Corporativas, que se concentra na identificação, avaliação e mitigação dos riscos que uma empresa enfrenta em suas atividades financeiras. Esses riscos podem ter impacto nas finanças e no desempenho da organização, portanto, uma gestão adequada é essencial para garantir a estabilidade e a sustentabilidade do negócio.
Aqui estão alguns aspectos-chave da gestão de riscos financeiros:
Identificação de riscos: O primeiro passo é identificar e compreender os riscos financeiros específicos aos quais a empresa está exposta. Isso envolve uma análise das diferentes áreas da empresa, como finanças, operações, cadeia de suprimentos e mercado. Os riscos podem variar de acordo com a indústria e o perfil de negócios da empresa.
Avaliação de riscos: Após a identificação dos riscos, é necessário avaliar sua probabilidade de ocorrência e o impacto potencial sobre a empresa. Isso pode ser feito por meio de técnicas quantitativas, como modelos estatísticos e simulações, além de análises qualitativas, levando em consideração fatores como históricos de mercado, sensibilidade a mudanças externas e exposição a eventos específicos.
Mitigação de riscos: Com base na avaliação dos riscos, a empresa deve desenvolver estratégias e medidas para mitigá-los. Isso pode envolver a diversificação de investimentos, a utilização de instrumentos financeiros derivativos para proteção contra flutuações de mercado, a implementação de políticas de gerenciamento de crédito rigorosas, a alocação eficiente de recursos e a implementação de controles internos treinados.
Monitoramento e controle: A gestão de riscos financeiros é um processo contínuo. É fundamental que a empresa monitore regularmente os riscos identificados e implemente medidas de controle eficazes para minimizar sua exposição. Isso pode incluir o estabelecimento de limites de risco, a realização de auditorias internas, a revisão regular das políticas e procedimentos de gerenciamento de riscos e a atualização contínua dos modelos de avaliação de riscos.
Comunicação e relatório: A transparência e a comunicação efetiva são elementos essenciais da gestão de riscos financeiros. Os principais interessados, como acionistas, investidores, reguladores e membros da equipe de gestão, devem ser informados regularmente sobre os riscos identificados, como medidas de mitigação implementadas e o desempenho da empresa em relação a esses riscos. Isso ajuda a construir confiança e permite que as partes interessadas tomem decisões decisivas.
A gestão de riscos financeiros visa proteger a empresa contra perdas financeiras inesperadas e minimizar a volatilidade dos resultados financeiros. Ao implementar práticas eficazes de gestão de riscos, as empresas podem se preparar para enfrentar os desafios e experimentar o ambiente de negócios, garantindo a estabilidade e a sustentabilidade a longo prazo.
Os 5 principais riscos financeiros nas organizações:
- Risco de crédito: Refere-se à possibilidade de perda financeira decorrente do não cumprimento das obrigações por parte de clientes ou contrapartes. A gestão do risco de crédito envolve a avaliação da qualidade do crédito dos clientes, a definição de limites de exposição, o monitoramento contínuo e a adoção de medidas para mitigar os riscos, como a diversificação de clientes ou a obtenção de garantias.
- Risco de mercado: Relaciona-se às flutuações nos preços dos ativos financeiros, como ações, títulos, commodities ou taxas de câmbio. Esse tipo de risco inclui o risco de mercado de ações, risco de taxa de juros, risco cambial e risco de commodities. A gestão de risco de mercado envolve o uso de estratégias de hedge, diversificação de carteiras e monitoramento constante dos mercados financeiros.
- Risco operacional: Refere-se a riscos associados a falhas internas nos processos, sistemas, pessoas ou eventos externos, como desastres naturais. Isso inclui riscos de fraude, riscos legais, riscos de tecnologia da informação e riscos relacionados à cadeia de suprimentos. A gestão do risco operacional envolve a implementação de controles internos eficazes, políticas e procedimentos, além de planos de contingência para mitigar possíveis danos.
- Risco de liquidez: Relaciona-se à capacidade de uma empresa honrar suas obrigações financeiras no curto prazo. A gestão de risco de disponibilidade envolve o gerenciamento adequado do fluxo de caixa, a diversificação das fontes de financiamento, a manutenção de reservas de provisão e a identificação de linhas de crédito de emergência.
- Risco regulatório: Refere-se ao risco associado a mudanças nas regulamentações governamentais e na compliance com as leis e padrões do setor. A gestão de risco regulatório envolve a compreensão e o cumprimento das regulamentações cumpridas, o monitoramento de mudanças regulatórias e a adoção de medidas para se adequar a novos requisitos.
Para gerir eficazmente os riscos financeiros, as empresas adotam controles e posturas tais como:
- Identificação e avaliação dos riscos específicos que a empresa enfrenta.
- Implementação de políticas, procedimentos e controles adequados para mitigar os riscos identificados.
- Uso de ferramentas e técnicas de gerenciamento de riscos, como modelagem financeira, simulações de cenários, análise de sensibilidade e testes de estresse.
- Monitoramento contínuo dos riscos financeiros e revisão regular das estratégias e políticas de gerenciamento de riscos.
- Comunicação efetiva e transparência dentro da organização para promover a conscientização e a responsabilidade em relação aos riscos financeiros.
- Uso de instrumentos financeiros, como seguros, derivativos e contratos de swap, para mitigar riscos específicos.
Em suma, a gestão de riscos financeiros é uma disciplina crucial que ajuda as empresas a proteger seus ativos financeiros, otimizar suas decisões de investimento e financiamento, e garantir a continuidade dos negócios em face de incertezas e volatilidades do mercado. O que muito interessa aos credores e acionistas, diga-se de passagem.
Aqui no Studio, Governança Financeira é pauta em nossos comitês internos, onde discutimos a maturidade e seu rumo nos projetos que nos debruçamos e que nos alimentam diariamente nos fazendo buscar a excelência dessas empresas que ajudamos a conduzir no caminho.
Acreditamos no potencial do business, entendemos o contexto macro e micro do negócio e não temos a opção de falhar. A Governança e a Inteligência de Negócio devem fluir em todos os níveis, e para implementá-los você não precisa seguir sozinho o caminho – Vamos juntos!
A ANÁLISE DE DADOS LIBERTA E EMPODERA.
See you soon.