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5 Princípios da Governança Corporativa segundo o novo Código do IBGC

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5 princípios da governança corporativa segundo o código IBGC 2023Entenda o novo alicerce para a perenidade e competitividade empresarial

Em tempos de aceleração tecnológica, demandas sociais crescentes e rigor regulatório em expansão, as empresas precisam mais do que agilidade: precisam de coerência, responsabilidade e estratégia. O novo Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, publicado pelo IBGC em 2023, atualizou os Princípios da Governança Corporativa que sustentam esse arcabouço normativo, orientando organizações brasileiras e internacionais rumo à perenidade sustentável.

A partir da nova edição, cinco princípios estruturam a governança de alta performance: Integridade, Transparência, Equidade, Responsabilização e Sustentabilidade. A seguir, destrinchamos cada um deles em profundidade — não como slogans institucionais, mas como pilares que influenciam diretamente as estruturas decisórias, os fluxos de capital e o valor de longo prazo.

 

1. Integridade

O fundamento que sustenta a legitimidade organizacional

A integridade ocupa agora posição central no código — não apenas como valor moral, mas como pressuposto prático para o funcionamento de todos os demais princípios. Segundo o IBGC, integridade consiste na adesão consciente e voluntária a comportamentos éticos que estejam alinhados com os objetivos da organização e com os compromissos firmados junto à sociedade.

Esse princípio impõe à organização a responsabilidade de evitar e mitigar conflitos de interesse, agir com coerência entre discurso e prática, e assegurar a consistência entre propósito, valores e ações. É também a base da confiança dos stakeholders e do capital reputacional.

Por que importa:

✅ Diminui riscos reputacionais.

✅ Previne decisões viciadas por conflitos de interesse.

✅ Sustenta relações de longo prazo com stakeholders.

 

2. Transparência

A qualidade da informação como instrumento de governança

Transparência, segundo o novo código, significa mais do que divulgação de dados: trata-se da disponibilização ativa, tempestiva, clara e contextualizada de informações relevantes. A transparência deve abranger tanto aspectos financeiros quanto operacionais, estratégicos, ambientais, sociais e de governança — mesmo que não exigidos por lei.

Esse princípio requer uma comunicação acessível, com linguagem compreensível aos diferentes públicos de interesse, favorecendo a previsibilidade das decisões, a atratividade de investimentos e a redução de assimetrias informacionais.

Por que importa:

✅ Cria um ambiente de confiança.

✅ Fortalece a reputação.

✅ Atrai investidores sérios.

 

Princípios da Governança Corporativa

3. Equidade

O equilíbrio ético nas relações com stakeholders

A equidade impõe às organizações o dever de tratar todos os públicos de forma justa, considerando suas especificidades, necessidades e contribuições. Esse princípio se afasta da noção simplista de igualdade, propondo um modelo de gestão que respeita as diferenças e busca neutralizar vieses discriminatórios, estruturais ou conjunturais.

O IBGC destaca que a equidade deve ser aplicada nas decisões que envolvem sócios, investidores, conselheiros, colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades impactadas, promovendo inclusão, justiça organizacional e diversidade como vetores estratégicos.

Por que importa:

✅ Gera um ambiente organizacional mais diverso e inclusivo.

✅ Reduz conflitos internos e externos.

✅ Promove decisões mais justas e sustentáveis.

 

4. Responsabilização (Accountability)

Clareza de papéis, prestação de contas e alinhamento de interesses

Accountability, traduzida no código como responsabilização, exige que todos os agentes de governança — sócios, administradores, conselheiros, executivos — assumam integralmente as consequências de seus atos, decisões e omissões. Esse princípio é exercido por meio de processos formais de prestação de contas e de mecanismos de avaliação, supervisão e controle.

A responsabilização também requer definição clara de papéis e responsabilidades, integração entre áreas, alinhamento de interesses e independência nos processos decisórios. Trata-se de um pilar essencial para o equilíbrio entre autoridade e dever, e para a proteção da integridade organizacional.

Por que importa:

✅ Cria um ciclo virtuoso de melhoria contínua.

✅ Facilita auditorias e controles internos.

✅ Reforça a ética no processo decisório.

 

Princípios da Governança Corporativa

5. Sustentabilidade

Valor duradouro, geração de impacto positivo e visão de futuro

O princípio da sustentabilidade, formalmente incluído como autônomo na 6ª edição do Código, determina que as organizações devem direcionar sua atuação com base em uma perspectiva de longo prazo, integrando os múltiplos capitais (financeiro, humano, social, ambiental, intelectual) e considerando os impactos de suas decisões na sociedade, no meio ambiente e na economia.

A sustentabilidade organizacional envolve planejamento estratégico contínuo, inovação responsável, atenção aos riscos climáticos e sociais, e alinhamento com a agenda ESG (Environmental, Social and Governance). O objetivo é garantir a capacidade de adaptação e resiliência da organização frente às transformações globais, regulatórias e tecnológicas.

Por que importa:

✅ Alinha a empresa às exigências da nova economia.

✅ Constrói uma reputação sólida perante clientes e investidores.

✅ Garante a perenidade do negócio.

 

Por Que Estes Princípios Importam

Princípios da Governança Corporativa

 

novo Código do IBGC

Conclusão: Governança como eixo de transformação organizacional

O novo Código do IBGC não apenas atualiza diretrizes: ele traduz uma mudança de paradigma. A governança corporativa moderna exige das empresas um posicionamento claro frente à sociedade, ao mercado e ao futuro.

Empresas que estruturam suas decisões com base nesses cinco princípios:

✅ Reduzem riscos operacionais e reputacionais.
✅ Ampliam sua atratividade para investidores institucionais.
✅ Estimulam culturas organizacionais mais robustas.
✅ Estão melhor preparadas para ciclos de crescimento sustentável.

Em um ambiente onde competitividade e legitimidade caminham juntas, adotar os princípios da boa governança não é apenas uma questão de conformidade — é uma estratégia de perenidade.

 

Quer saber como aplicar esses princípios na prática, com um plano de ação adaptado ao seu modelo de negócio? Entre em contato com um especialista em governança estratégica.

 

Que tal revisar a estrutura de governança da sua empresa com base nesses novos princípios? A adoção consciente pode ser o diferencial competitivo que faltava para destravar o próximo nível do seu negócio. Entre em contato com um especialista em governança estratégica.

 

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