Se ainda não entrou em contato com o tema, mais cedo ou mais tarde vai ouvir falar sobre isso. Também conhecida como “manufatura avançada”, a indústria 4.0 é a indústria adaptada às principais inovações tecnológicas aplicadas aos processos de manufatura e automação de máquinas. Coisas, objetos, pessoas e processos passam a se comunicar com autonomia.
O espaço cyber-físico passa a existir, fazendo a interação entre o virtual e o físico. Estamos falando da chamada Quarta Revolução Industrial, que surgiu na Alemanha e está muito associada à internet das coisas, à medida que habilita as empresas a conectar dispositivos móveis e inteligentes às suas máquinas de linha de produção.
Segundo Angela Merkel, “A Indústria 4.0 é a transformação completa de toda a esfera da produção industrial através da fusão da tecnologia digital e da internet com a indústria convencional”.
Mas se ainda ficou com dúvida sobre o que é essa tal indústria 4.0, veja o videozinho abaixo:
Na prática, alguns princípios permeiam este novo modelo industrial. São eles:
- A capacidade de realizar as operações em tempo real: A instalação de sensores nas máquinas promove a tomada de decisões de forma rápida e instantânea;
- Virtualização dos meios de produção: Uma cópia virtual da linha de produção permite que o sistema de controle seja monitorado à distância;
- Modularidade: É a produção sob demanda, através de módulos de produção;
- Orientação a serviços: Possibilidade do cliente, através de um dispositivo móvel, customizar um produto ou emitir uma ordem de serviço para a empresa.
A conclusão? Indústria 4.0 é um modelo concebido à base de tratamento de dados, e considerando que esta temática é bastante relevante a todas as partes relacionadas ao negócio, não há como abordar o tema sem atrelá-lo à Segurança da Informação.
Quais os principais controles a serem implementados à Segurança da Informação da Indústria 4.0?
O maior desafio na indústria 4.0 é como conciliar, na prática, a aplicação desses sistemas às plantas de produção, aplicando soluções inteligentes para o controle e monitoramento de ações de invasões.
A realidade é que ainda existe o falso conceito de que “a minha empresa não será invadida”, e por causa desta cultura despreocupada a segurança não é pensada no início do projeto, quando muito ela é realizada no final ou quando o problema já existe. Clique aqui e Conheça as 5 Dicas de Ouro para a Segurança da Informação
A aplicação de formas de segurança deve ser feita dentro do contexto da empresa e a criação de políticas de segurança da informação é fundamental para mudança do cenário dentro das organizações.
A segurança deve ocorrer com o mesmo rigor técnico em nível físico e de sistemas (eletrônico).
No nível físico, cite-se como exemplo o acesso restrito ao servidor de armazenamento, a atualização constante das senhas, o registro e controle do histórico de acesso, entre outros.
Já no nível digital, é importante criptografar as informações, ter um sistema em nuvem que garanta a segurança dos dados armazenados, não estocar informações em uma única fonte, proteger os sistemas da empresa de malwares, além de conceder acessos mínimos e por alçada às informações geradas pela fábrica, são as práticas recomendadas.
As ameaças estão aí e afetam as empresas nas mais diversas formas, desde perdas de tecnologia, com a perda da própria máquina; dano ao profissional da empresa ou a comunidade; dano financeiro; roubo de informação de clientes ou de informações confidenciais.
Outras dicas de segurança? Vamos a elas:
- Utilizar o reconhecimento biométrico para os dispositivos móveis, diminuindo assim o risco de roubo de senha;
- Na impossibilidade da utilização da biometria, utilizar os tokens (dispositivo eletrônico gerador de senhas, normalmente sem conexão física com o computador);
- Adotar uma política de governança dentro das empresas determinando os regulamentos seguidos para adoção de tecnologia dentro da organização;
- Adotar mecanismos de prevenção e realização de testes de vulnerabilidade, antecipando fragilidades antes que criminosos o façam;
O caminho para a industrial 4.0
O caminho para a indústria 4.0 vai gerar impactos no mercado como um todo. Um grande desafio da indústria 4.0 é a necessidade de profissionais treinados para as novas demandas que surgem a partir deste novo modelo industrial. O Brasil, por exemplo, ainda está na transição para a indústria 4.0 e talvez o setor mais preparado para receber a demanda seja a indústria automotiva.
Obter políticas estratégicas inteligentes e incentivos de fomentos do Governo também estão entre os desafios para construção do caminho para a indústria 4.0.
É preciso repensar o escopo do próprio negócio, procurar valores escondidos para atender as necessidades dos clientes. Por fim, procure pensar o seu produto como um serviço e desenvolva uma plataforma para aquilo que você deseja oferecer.
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