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Jornada de trabalho: entenda os riscos legais e como evitá-los com compliance

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A gestão da jornada de trabalho está entre os principais desafios das empresas brasileiras. Quando feita de forma incorreta, pode gerar consequências jurídicas, ações trabalhistas e custos que poderiam ser evitados com organização e boas práticas.

Neste artigo, te explico forma objetiva como funciona a legislação sobre jornada, os principais riscos envolvidos e como o compliance pode ajudar sua empresa a manter tudo em ordem.

O que diz a lei sobre jornada de trabalho?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que a jornada deve seguir os seguintes limites:

  • 8 horas por dia
  • 44 horas por semana
  • Até 2 horas extras diárias, mediante acordo de trabalho individual ou coletivo

Além disso, também são garantidos:

  • Intervalo para descanso (mínimo de 1h em jornadas superiores a 6h), conhecido como intervalo intrajornada
  • Descanso semanal remunerado
  • Adicional de pelo menos 50% sobre horas extras
  • Intervalo interjornada: descanso mínimo de 11h consecutivas entre o fim de uma jornada e o início de outra

Mesmo com essas regras bem estabelecidas, muitas empresas ainda escorregam em detalhes que parecem simples — como intervalos mal gerenciados ou acúmulo de horas extras sem controle adequado.

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Os riscos legais mais comuns na gestão de jornada

Quando o controle da jornada falha, os riscos aparecem — e podem custar caro. Veja os mais comuns:

  • Pagamentos retroativos de horas extras
  • Multas por ausência de controle de ponto
  • Indenizações por carga horária excessiva
  • Penalizações por não conceder intervalo corretamente
  • Ações por danos morais (em casos de excesso de trabalho ou abuso)

Segundo dados do TST, cerca de 60% das ações trabalhistas no Brasil envolvem algum tipo de problema relacionado à jornada de trabalho.

O controle de jornada é obrigatório?

Sim. A CLT exige que empresas com mais de 20 colaboradores façam o controle da jornada de trabalho. Esse controle pode ser feito de diferentes formas:

  • Manual (livros ou folhas assinadas)
  • Mecânico (relógios de ponto)
  • Eletrônico (sistemas digitais ou aplicativos)

O mais importante é que os registros sejam confiáveis, auditáveis e acessíveis — especialmente em caso de fiscalização ou processo judicial.

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Posso praticar uma jornada de trabalho diferenciada?

Sim. Excepcionalmente, a empresa pode adotar jornadas diferentes da prevista na CLT, desde que haja acordo formalizado por:

  • Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – válida para todos os trabalhadores de determinado setor (ex: indústria, segurança, hotelaria)
  • Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – pactuado diretamente entre empresa e seus funcionários, com intermediação do sindicato da categoria

Esses instrumentos permitem maior flexibilidade, desde que respeitem os direitos mínimos previstos em lei.

Como o compliance trabalhista entra nessa história?

O compliance trabalhista tem como objetivo garantir que a empresa esteja alinhada às leis e boas práticas de gestão. No caso da jornada de trabalho, ele atua:

  • Criando e revisando políticas internas
  • Regulando o uso de horas extras e banco de horas
  • Definindo jornadas especiais (plantões, turnos, home office)
  • Padronizando procedimentos entre setores
  • Auditando os registros de ponto

Essas ações reduzem significativamente o risco de passivos ocultos e litígios trabalhistas.

Boas práticas para evitar problemas com a jornada

Algumas medidas simples podem fazer uma grande diferença:

  • Estabeleça regras claras sobre horários, pausas e compensações
  • Utilize sistemas de controle de ponto confiáveis e integrados
  • Treine líderes e gestores sobre a importância do controle de jornada
  • Monitore registros com frequência
  • Formalize acordos com colaboradores (por escrito e com respaldo legal)
  • Realize auditorias internas periódicas

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E no home office, como fica o controle?

Com o crescimento do trabalho remoto e híbrido, o desafio da gestão da jornada aumentou. Mas isso não é motivo para descuidar.

Para manter a conformidade, é fundamental:

  • Firmar um acordo claro com o colaborador sobre horário de trabalho
  • Usar ferramentas digitais que permitam o registro remoto de ponto
  • Evitar mensagens, e-mails e reuniões fora do expediente (isso pode gerar hora extra)

Além disso, respeite os períodos de descanso, como férias, domingos e feriados. Se não houver controle, o risco aumenta — e muito.

Conclusão

Cuidar da jornada de trabalho é muito mais do que “bater ponto” — é proteger o negócio de riscos legais, melhorar a relação com os colaboradores e fortalecer a cultura de responsabilidade e respeito dentro da empresa.

Com o apoio de um programa de compliance trabalhista, sua empresa pode se antecipar aos riscos, ganhar produtividade e mostrar que valoriza quem faz tudo acontecer no dia a dia.

Além disso, o compliance pode ser um grande aliado na adequação de jornadas diferenciadas e acordos de compensação, sempre com suporte técnico e jurídico especializado.

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